Mudanças na política de importação reflete no preço final dos equipamentos
Os custos de instalação de módulos de energia solar fotovoltaica em residências e estabelecimentos já sofreram alta no fim de 2024 e devem aumentar em pelo menos 13% em 2025.
Já projetado para julho de 2025, uma mudança ainda mais significativa: os módulos solares internacionais terão incidência de mais imposto para entrar no Brasil.
O Governo Federal decidiu aumentar de 9,6% para 25% o Imposto de Importação dos módulos solares montados, visando incentivar a produção local dos equipamentos.
Segundo análise da empresa de dados e inteligência de energia renovável Greener, o preço dos módulos fotovoltaicos deve aumentar 26%, enquanto os kits de energia solar residencial devem ficar 13% mais caros.
Caso o valor do frete para os módulos importados da China continue e subir, o impacto nos preços pode ser ainda mais: 43,42% para os módulos nacionalizados e 22% para o kit de energia solar.
Mateus Pinheiro, consultor da Greener, explica que o aumento pode variar entre regiões do Brasil, a depender de quanto as empresas decidirão aumentar e dos custos dos integradores – responsáveis pela instalação.
Também há risco de que o tempo necessário para o investimento ‘se pague’ aumente, mas o Ceará não deve ser afetado de imediato. “Se o aumento for de somente 13%, não mudaria o tempo de retorno no Ceará, que é de dois anos e nove meses. Mas se o frete continuar a subir, o tempo de retorno pode passar para três anos”, comenta.
A média nacional do tempo de retorno é maior que a do Ceará – cerca de três anos. Com o encarecimento de 13%, o prazo deve passar para três anos e quatro meses. Se a alta for ainda maior, de 22%, chegará a três anos e seis meses.