Estudo realizado pela Data-Makers, em parceria com a CDN, também aponta que reputação corporativa continua como principal motivo para adoção de práticas que envolvam aspectos ambiental, social e de governança
Há uma perspectiva otimista para os investimentos das empresas brasileiras em ESG nos próximos 12 meses, segundo a pesquisa “Data-Leaders – Líderes de negócios e ESG”, realizada pelo instituto de pesquisa e big data Data-Makers, em parceria com a CDN. O levantamento, que traz uma análise com 100 líderes de negócios, entre CEOs e C-Levels dos mais diferentes segmentos, aponta que 42% deles têm expectativa de aumento no orçamento para iniciativas da área, nas companhias que lideram.
A prática e os objetivos das empresas
Outro ponto relevante do estudo é que a maioria dos CEOs e C-Levels acreditam caminhar bem na área. O levantamento revela que 59% classificam que o desempenho das empresas que lideram é positivo em práticas de ESG. Na comparação com o mercado, 52% dos líderes avaliam suas companhias como superiores à média. Apenas 17% admitem que ainda estão abaixo da maior parte das organizações nesse aspecto.
Quando o assunto é motivação para a adoção de práticas de ESG, a reputação corporativa está no topo da resposta dos líderes. Nesse caso, 71% creem que há influência direta entre o investimento na área e a uma melhor percepção dos vários públicos sobre a empresa. A segunda maior motivação, de acordo com os CEOs e C-Levels, está na imagem da marca. Nesse ponto, 63% apostam no impacto da adoção de ESG nos valores e mensagens que a empresa quer refletir. Outros tópicos mencionados como importantes são a melhora na gestão da empresa (59%), a redução de riscos (50%).
“A reputação sempre foi um ativo fundamental para as empresas. No mundo contemporâneo, porém, esse valor subiu a um outro patamar. Ter boa reputação tornou-se mais do que uma licença para operar, é uma licença para existir. E a reputação está diretamente ligada ao impacto que a empresa causa na sociedade e na forma como se relaciona com ela por intermédio de seus diversos públicos. Os executivos entrevistados demonstram ter consciência dessa realidade”,
pontua Fabio Santos, CEO da CDN.
Desafios e referências pelo caminho
Entre os obstáculos mais relevantes para a adoção de ESG nas organizações, segundo os executivos, estão a pressão por resultados de curto prazo (43%), falta de profissionais preparados (43%), falta de prioridade ao tema (43%), falta de comprometimento da liderança (38%) e ausência de métricas e KPIs (38%).
Os CEOs (47%) e conselhos de administração (24%) são os principais tomadores de decisões sobre o ESG, seguidos por comitês interdisciplinares (15%), área dedicada (6%) e RH (5%).
Entre as maiores referências em adoção de práticas ESG, os entrevistados mencionaram 77 empresas, revelando um cenário de maior pulverização, em relação ao ano passado. Novamente, a Natura foi a organização líder em menções (41%), seguida por O Boticário (24%), Itaú e Ambev (11%). Já a executiva mais lembrada foi Denise Hills, diretora global de sustentabilidade da Natura, com 4% das menções